UTI - Cuidado humanizado do paciente crítico.

quinta-feira, julho 25, 2013

RBTI no Medline

Prezados colegas da comunidade intensivista!

É com enorme prazer que anunciamos a indexação da nossa RBTI no Medline!

Somos agora a única revista em português e da America Latina, na área de terapia intensiva, indexada nessa base!

Foi um longo caminho, percorrido por nossos antecessores e pelo atual time de editores, revisores e equipe técnica da Revista.  Agradecemos a todos a enorme dedicação.

E aos nossos autores, nosso muito obrigada! Queremos muito receber suas novas produções científicas sabendo que daremos a elas muito mais visibilidade.

Nosso próximo desafio: a indexação pela Thompson Reuters e nosso fator de impacto! Com a ajuda de vocês, chegaremos lá!

Abraços

Flavia Machado

Editora-chefe, em nome do grupo de editores

sábado, junho 29, 2013

Sepses X Inflamação

A resposta imune quando localizada apresenta vantagens ao organismo e envolve a eliminação da infecção acompanhada de reparo tissular. Na presença de inflamação sistêmica, porém, a reação inflamatória à injúria tissular é capaz de ativar o sistema da coagulação, inibir anticoagulantes endógenos e atenuar a resposta fibrinolítica.

Na sepse, os mecanismos antinflamatórios sistemicos ativados resultam em lesão microcirculatória difusa caracterizada por alterações endoteliais que induzem ao aumento da permeabilidade capilar, trombose, deformabilidade das hemácias e agregação de leucócitos diminuindo o fluxo sanguíneo e resultando em hipóxia tecidual que determina a disfunção celular e se traduz por disfunção orgânica.

Azecedo MRA, Converso APG – Inflamação, Coagulação e Sepse. NewsLab, ed.77, p. 156-160. 2006

Knobel E, Janot de Matos GE et al. Sepse – Inflamação e Coagulação. Critical Care Medicine, n. 4, p. 1-2. 2000

Esmon CT, Fukodome K, Mather T et al. Inflamation, sepsis and coagulation. Haematologica, n. 84, p. 254-259. 1999

quarta-feira, junho 26, 2013

COMUNICADO OFICIAL aos sindicatos e aos médicos brasileiros contra importação de médicos

fenam

O presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Geraldo Ferreira, convocou na manhã desta segunda-feira (24), os sindicatos médicos brasileiros para participarem de reunião emergencial para deliberações sobre manifestações e greve geral, contra o anúncio da presidente Dilma Rousseff de que trará médicos estrangeiros para atuarem no Brasil.

A reunião será nesta quarta-feira (26), às 9 horas, na sede da Associação Médica Brasileira (AMB). Logo após, às 10 horas, haverá uma coletiva de imprensa, convocada pela FENAM, onde todas as deliberações serão comunicadas a mídia brasileira, bem como os motivos da categoria para repudiar a medida governamental.

No mesmo dia, às 12 horas, um Fórum sobre as experiências com a importação de Médicos em outros países será realizado no auditório da AMB, onde o vice-presidente da Confederação Médica Latino Americana (CONFEMEL), Douglas Natera, falará das consequências que a importação de médicos pode trazer para o Brasil e para a população brasileira.

Sequencialmente, os sindicatos convocarão nas suas bases assembleias com seus médicos para implementarem as decisões que serão anunciadas na coletiva do mesmo dia.

O momento é histórico e decisivo para os médicos e a saúde da nação.

Confira a agenda:
9hs – Reunião com médicos e sindicatos
– na sede da AMB, localizada na Avenida São Carlos do Pinhal, nº 324, Bela Vista, São Paulo-SP.
10hs – Coletiva de imprensa – na sede da AMB, localizada na Avenida São Carlos do Pinhal, nº 324, Bela Vista, São Paulo-SP.
12hs - Fórum sobre as experiências com a importação de Médicos – na sede da AMB, localizada na Avenida São Carlos do Pinhal, nº 324, Bela Vista, São Paulo-SP.

Fonte: FENAM

terça-feira, junho 11, 2013

ISF – International Sepsis Forum

Pela primeira vez no Brasil!

Os profissionais brasileiros que se dedicam aos estudos da sepse têm muito que comemorar esse ano. Pela primeira vez, o Brasil será a sede de um dos mais importantes eventos voltados ao tema no mundo: o ISF - International Sepsis Forum. O encontro acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, nos dias 5 e 6 de novembro.

“O Sepsis 2013 contemplará também o X Fórum Internacional de Sepse, do Ilas, e contará com apresentações de especialistas internacionais e nacionais, que abordarão os tópicos mais importantes sobre Sepse, abrangendo desde pesquisas científicas de ponta até os aspectos clínicos, incluindo os mais recentes estudos”, disse a Dra. Flávia Machado, vice-presidente do Ilas e uma das coordenadoras do evento.

Para os organizadores, o ISF será uma oportunidade ímpar para os profissionais brasileiros, pois os nomes internacionais mais significativos unidos aos nacionais apresentação as últimas novidades em relação ao diagnóstico e tratamento da sepse no mundo. “Outra oportunidade importante é a submissão de trabalhos para a Sessão de Temas Livres, pois os pesquisados nacionais poderão apresentar seus trabalhos científicos e interagirem informalmente com membros do ISF durante as apresentações”, reforça Dra. Flávia Machado.

Os interessados em submeter seus trabalhos devem fazê-lo até o dia 31 de agosto. Para saber mais sobre o evento e garantir a sua participação, acesse: www.forumsepse.com.br

sábado, maio 25, 2013

9 países apoiam o REVALIDA

Entidades médicas de nove países – Argentina, Bolívia, Costa Rica, Espanha, Paraguai, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela - aprovaram moção de apoio condenando a  iniciativa do governo que permite médicos com diplomas obtidos em escolas estrangeiras  exercer a profissão no Brasil sem a sua devida revalidação.

Fonte: AMB

quinta-feira, maio 23, 2013


" É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
  É melhor tentar, ainda que em vão, que sentar-se fazendo nada até o final.
  Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
  Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver"

Martin Luther King

quinta-feira, maio 16, 2013

Clinical Pulmonary Infection Score (CPIS)

Clinical Pulmonary Infection Score (CPIS)

5 Parâmetros :

1) Temperatura

2) Leucócitos

3) Secreção traqueal

4) Relação PaO2/FiO2

5) Exame radiológico

Pontos são dados para cada parâmetro. CPIS > 6 = sugere a presença de infecção pulmonar.

Flávio E. Nácul

Fonte: Artigos Comentados em Medicina Intensiva

quinta-feira, maio 09, 2013

CFM condena decisão do governo brasileiro de trazer médicos de Cuba para trabalhar no país

NOTA DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CONTRA A ENTRADA DE MÉDICOS ESTRANGEIROS

O Conselho Federal de Medicina (CFM) condena veemente qualquer iniciativa que proporcione a entrada irresponsável de médicos estrangeiros e de brasileiros com diplomas de medicina obtidos no exterior sem sua respectiva revalidação. Medidas neste sentido ferem a lei, configuram uma pseudoassistência com maiores riscos para a população e, por isso, além de temporárias, são temerárias por se caracterizarem como programas políticos-eleitorais.

O CFM e os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) envidarão todos os esforços possíveis e necessários, inclusive as medidas jurídicas cabíveis, para assegurar o Estado Democrático de Direito no país, com base na dignidade humana. Este princípio passa a ser desrespeitado pela irreverência do Poder Executivo ao pretender ofertar à parcela maior e mais carente da população brasileira assistência à saúde sem segurança e qualificação.

Se a Constituição Federal não estipulou cidadãos de segunda categoria, então, o país não pode permitir que tais segmentos sejam atendidos por pessoas cuja formação profissional suscita dúvidas, com respeito a sua qualidade técnica e ética.

Ao contrário do que asseguram os defensores desta proposta, estudos indicam que os médicos estrangeiros tendem a migrar para os grandes centros a médio e longo prazos. No entendimento do CFM, a criação de uma carreira de Estado para o médico do SUS – com ênfase na atenção primária (com a previsão de infraestrutura e de condições de trabalho adequadas) – asseguraria a presença de médicos e um efetivo atendimento nas áreas distantes e nas periferias dos grandes centros.

Além disso, para o SUS se manter público, integral, gratuito, de qualidade e acessível a toda a população, o Estado Brasileiro não deve se furtar da responsabilidade de destinar-lhe mais recursos (um mínimo de 10% da receita bruta da União), buscando o aperfeiçoamento de seus serviços, dotando-os de infraestrutura e recursos humanos valorizados, para atender de forma eficaz e com equidade a população.

Conclamamos o Poder Legislativo; o Poder Judiciário; o Ministério Público; as entidades médicas; as universidades; a imprensa; e todos os movimentos da sociedade civil organizada a se posicionarem contra esta agressão à Nação e em benefício de um sistema público de saúde de qualificado.

Não podemos admitir que interesses específicos e eleitorais coloquem em risco o futuro de um modelo enraizado na nossa Constituição e que pertence a 190 milhões de brasileiros. O que precisamos é de médicos bem formados, bem preparados, bem avaliados e com estímulo para o trabalho. Tratar a população de maneira desigual é sinal de desconsideração e de desrespeito para com seus direitos de cidadania.

AMB – Nota de repúdio

AMB - nota

Temas Livres – CBMI 2013

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domingo, maio 05, 2013

Apps de Notas - Evernote X Google keep


Evernote 


Google keep

A Google lançou o Keep, exclusivo para Androids, com funcionalidades parecidas ao Evernote, apesar de não contar com algumas funcionalidades do Evernote.

Alguns usos do Evernote para médicos:
  • manter diários;
  • lembretes;
  • guardar referências;
  • banco de artigos;
  • anotações de aulas;
  • arquivo de imagens de casos;
  • fotografar e armazenar documentos, prontuários, exames de imagens e outros laudos;
  • fotografar e armazenar pôsteres e trabalhos em congressos;
  • anotar links para posterior consulta.

Transistores biológicos


Cientistas de Stanford liderados por Drew Endy conseguiram criar um método para que células desenvolvam capacidades lógicas, de armazenamento de dados e comunicação, abrindo espaço para o surgimento de novas aplicações diagnósticas e terapêuticas.
Segundo o artigo publicado na revista Science deste mês, é a primeira vez que uma equipe desenvolve um equivalente biológico do transistor elétrico.  
A tecnologia apesar de ainda inicial é muito promissora, e vem sendo aplicada em outros centros, como o Synthetic Biology Group do MIT, sob o comando de Timothy Lu. Algumas potenciais utilidades estudadas envolvem a detecção de câncer pelas próprias células do corpo, que poderiam sinalizar e até mesmo começar o tratamento precoce da doença.

sábado, maio 04, 2013

UTIs de RONDÔNIA


Nem com a RDC-07 da ANVISA e a Resolução 2007/13 do CFM (leia-se em postagens anteriores) as UTIs do estado de Rondônia se animam a cumprir as leis. Prosseguem em total dessintonia com as resoluções e continuam a oferecer serviços nas UTIs abaixo dos requerimentos mínimos exigidos por estas resoluções, atendendo à população de Rondônia, sem buscar as melhorias devidas.

Perde, mais uma vez, o povo de Rondônia. Lamentável!

Flavia Fernandes

Resolução CFM 2007/13 - Dispõe sobre a exigência de título para ocupar cargos em serviços assistenciais especializados


CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

RESOLUÇÃO CFM Nº 2.007, DE 10 DE JANEIRO DE 2013

Dispõe sobre a exigência de título de especialista para ocupar o cargo de diretor técnico, supervisor, coordenador, chefe ou responsável médico dos serviços assistenciais especializados.

O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM), no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, alterada pela Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de 2004, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e pelo Decreto nº 6.821, de 14 de abril de 2009, e
CONSIDERANDO especificamente o disposto no artigo 17 da Lei nº 3.268/57;
CONSIDERANDO que o art. 21 do Código de Ética Médica veda ao médico deixar de colaborar com as autoridades sanitárias ou infringir a legislação pertinente;
CONSIDERANDO o Parecer nº 18/12, aprovado na sessão plenária do dia 15 de julho de 2012;
CONSIDERANDO que é dever do médico manter suas informações atualizadas perante os Conselhos de Medicina;
CONSIDERANDO os artigos 28 e 29 do Decreto nº 20.931/32, resolve:
Art. 1º Para o médico exercer o cargo de diretor técnico ou de supervisão, coordenação, chefia ou responsabilidade médica pelos serviços assistenciais especializados é obrigatória a titulação em especialidade médica, registrada no Conselho Regional de Medicina (CRM), conforme os parâmetros instituídos pela Resolução CFM nº 2.005/12.
§1º Em instituição destinada ao exercício de uma única especialidade, o diretor técnico deverá ter título de especialista registrado no CRM.
§ 2º O supervisor, coordenador, chefe ou responsável pelos serviços assistenciais especializados de que fala o caput deste artigo somente pode assumir a responsabilidade técnica pelo serviço especializado em até duas unidades de serviços assistenciais.
Art. 2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
ROBERTO LUIZ D'AVILA
Presidente do Conselho
HENRIQUE BATISTA E SILVA
Secretário-Geral
Fonte: Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, 8 fev. 2013. Seção I, p.200

RDC-07 da ANVISA

Após três anos de sua publicação, a RDC-07 (Resolução da Diretoria Colegiada) da Anvisa entrou em vigor e determina regras para o funcionamento das Unidades de Terapia Intensiva no Brasil. O objetivo é estabelecer padrões mínimos para o funcionamento das UTIs, visando à redução de riscos aos pacientes, visitantes, aos profissionais e ao meio ambiente, incluindo o atendimento de alta qualidade ao paciente crítico.  
O documento foi publicado em fevereiro de 2010 e as UTIs tiveram três anos para implantar as medidas solicitadas. A AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira teve participação importante na elaboração do documento. “Foi o resultado de anos de luta da categoria que ainda não contava com uma regulação que trouxesse regras mínimas para a abertura e o funcionamento das UTIs brasileiras. É uma grande conquista, uma vez que já conseguimos melhorar, em muito, a assistência e qualidade no atendimento oferecido aos pacientes”, disse o Dr. José Mário Teles, presidente da AMIB.
Entre as medidas, passou a ser obrigatório que o responsável técnico (chefe ou coordenador médico) deve ter título de especialista em Medicina Intensiva para responder por UTI Adulto e habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica, para responder por UTI Pediátrica. (leia: AMIB é a única associação reconhecida para realizar o concurso para TEMI)
No entanto, no que se referem às exigências colocadas no documento para se responder pela UTI Neonatal, que diz que o profissional deve ter título de especialista em pediatria com área de atuação em neonatologia, não condiz com o que pensam os profissionais intensivistas e, consequentemente, a AMIB.
 “A Amib defende que o intensivista pediátrico também está habilitado para responder por uma UTI Neonatal e já solicitou à Anvisa a correção deste trecho na RDC, assim como a correção de que o intensivista pediátrico é igualmente  habilitado para a  função de diarista em UTI Neonatal”, disse o vice-presidente da AMIB, Dr. Arnaldo Prata.
"O médico intensivista pediátrico ressalta ainda que o tratamento de recém-nascidos nas unidades de terapia intensiva neonatal é de extrema complexidade e que há uma urgência em se corrigir esta falha da RDC, para regularizar a situação de muitos profissionais especialistas em medicina intensiva pediátrica que atuam nestas unidades".
As chefias de enfermagem e de fisioterapia devem ser especialistas em terapia intensiva ou em outra especialidade relacionada à assistência ao paciente grave, específica para a modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal).
No entanto, em relação ao atendimento assistencial da equipe de enfermagem, a Anvisa voltou atrás e publicou a RDC-26, que retrocedeu na decisão do atendimento de 8/1 para 10/1. 

Entretanto o documento determina no artigo 4 que a composição do quadro da equipe multiprofissional deve estar legalmente habilitada e dimensionada qualitativamente e quantitativamente para o perfil da unidade. Uma das normas é que cada UTI tenha um médico diarista por turno matutino e por turno vespertino, além do médico plantonista 24 horas/dia, para cada 10 leitos. Isso significa que nas 12 horas do dia haverá dois médicos por cada 10 leitos na UTI. Deverá ter um enfermeiro para cada 10 leitos e um fisioterapeuta para cada 10 leitos. “Deve ficar claro que estas são normas mínimas, podendo haver um quadro funcional mais numeroso se houver necessidade. É importante esclarecer ainda que esses profissionais deverão ter um programa de educação continuada, visando manter a qualidade e a segurança da assistência”, afirma o Dr. Fernando Suparregui Dias, presidente Futuro da AMIB.
É de responsabilidade da instituição onde está a UTI garantir o acesso a outros profissionais da área da saúde, exames complementares e outras especialidades médicas. Nesse contexto, deve haver uma política de gerenciamento de riscos e prevenção e controle de infecção.
O desempenho da UTI deverá ser avaliado através de indicadores, incluindo-se variáveis como a mortalidade esperada e observada, o tempo de permanência, a taxa de reinternação em 24 horas, as taxas de pneumonia associada à ventilação mecânica, corrente sanguínea e do trato urinário.
“Havendo o cumprimento dessas normas, o atendimento dos pacientes graves estará sendo feito por profissionais habilitados, em locais adequados e com a tecnologia necessária para auxiliar na sua recuperação”, disse o Dr. Fernando Suparregui Dias.
Para o presidente da AMIB, Dr. José Mario Teles, o documento consolida uma luta antiga e constante da AMIB que é a busca de qualidade de serviços, processos e capacitação da equipe multidisciplinar da terapia intensiva.

Fonte: http://www.amib.org.br/detalhe/noticia/rdc-07-agora-e-pra-valer/

NOTA PUBLICA DO CFM E DOS CRMs



CONTRA A REVALIDAÇÃO INDISCRIMINADA DE DIPLOMAS DE MEDICINA OBTIDOS NO EXTERIOR

Considerando a responsabilidade dos médicos de proteger a saúde da população brasileira, garantindo-lhe atendimento segundo critérios de qualidade, eficiência e ética, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), reunidos em Brasília, se manifestam publicamente por unanimidade contra possível alteração das regras de revalidação de diplomas de médicos formados no exterior, que estaria em discussão entre a Casa Civil da Presidência da República e os Ministérios da Saúde e Educação, conforme notícias divulgadas pelos meios de comunicação.
Preocupados com o risco de morte e outras consequências do atendimento indevido impostos aos pacientes por conta da atuação de portadores de diplomas de Medicina, obtidos no Brasil e no exterior, que não contaram com a devida formação e preparo para o desafio diário da assistência, os 27 CRMs defendem e exigem:
  • manutenção do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Universidades Estrangeiras (Revalida), aplicado desde 2010 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e reconhecido pelo uso de critérios uniformes, justos e transparentes na avaliação dos candidatos.
  • condução do processo de revalidação de diplomas estrangeiros em acordo com os critérios da graduação de Medicina no Brasil - mínimo de 7.200 horas, seis anos de curso com 35% da carga horária total correspondendo a estágio prático/internato, conforme previsto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais de Graduação em Medicina – e com a exigência de exames que mensurem as competências e as habilidades mínimas para o exercício profissional.
  • obediência pelo Governo à Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que determina que todos os profissionais formados no exterior (brasileiros ou não) são obrigados a revalidar seus diplomas em escolas brasileiras de ensino superior para receber a autorização para trabalhar no país, e também ao Decreto Federal que regulamentou o papel dos Conselhos de Medicina, pelo qual se exige que o requerimento de inscrição no CRM seja acompanhado da prova de revalidação do diploma de formatura.
O CFM e os 27 CRMs entendem a revalidação dos diplomas estrangeiros sem observar estes critérios colocará em risco a saúde da população e não solucionará o problema da falta de médicos em algumas regiões e em determinados serviços públicos de saúde no Brasil. Para as entidades, solução para os problemas de acesso e de desigualdade na concentração de médicos no país passa pela instituição de políticas públicas que estimulem a fixação dos profissionais em zonas de difícil acesso e provimento, nos moldes de uma carreira específica dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) que abranja aspectos como oferta de programas de educação continuada, perspectivas de progressão funcional, remuneração compatível com a responsabilidade e o existência de rede física adequada. Este contexto, certamente, trará ganhos para a qualidade da Medicina exercida no país e para a sociedade em geral.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA/CONSELHOS REGIONAIS DE MEDICINA

sexta-feira, março 08, 2013

CFM


MANIFESTO DE BELÉM

UMA MENSAGEM DOS MÉDICOS À NAÇÃO BRASILEIRA

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), reunidos em Belém (PA), manifestam seu repúdio às ações anunciadas, recentemente, pelo Governo Federal que ferem conquistas e diretrizes constitucionais da saúde pública. As entidades alertam a sociedade brasileira para as medidas, com as quais não concordamos, que se implementadas podem comprometer o futuro do sistema de saúde brasileiro:
1)    A entrada irresponsável de médicos estrangeiros e de brasileiros com diplomas de medicina obtidos no exterior sem sua respectiva revalidação fere a norma legal, coloca a qualidade da assistência à população em situação de risco e não garante a ampliação definitiva de acesso à assistência nas áreas de difícil provimento. Trata-se de proposta improvisada, imediatista e midiática, que ignora as questões estruturais do trabalho médico no Sistema Único de Saúde (SUS) e também o Revalida, exame criado pelo Governo que tem avaliado com justiça a competência e a capacidade desses médicos interessados em atuar no país;
2)    A ausência de uma carreira de Estado para o médico do SUS, com a previsão de infraestrutura e de condições de trabalho adequadas para os profissionais, impede a presença efetiva de médicos e a melhoria do atendimento em pequenos municípios e nas periferias dos grandes centros. Somente a implementação dessa carreira trará solução eficaz para o preenchimento definitivo dos vazios assistenciais;
3)    A intenção de reduzir impostos, dar subsídios e destinar recursos públicos para as operadoras de planos de saúde, conforme anunciado após encontros de representantes do Governo com empresários do setor, demonstra, de forma contraditória, o favorecimento da esfera privada em detrimento da pública na prestação da assistência à saúde, cuja prática tem sido feita sob o signo do subfinanciamento público federal, principal responsável pelas dificuldades do SUS;
4)    Os Conselhos de Medicina defendem o SUS público, integral, gratuito, de qualidade e acessível a toda a população. Para tanto, exigimos o cumprimento de uma agenda mínima, a qual inclui a destinação de 10% da receita da União para a saúde e o aperfeiçoamento dos serviços públicos, dotando-os de infraestrutura e recursos humanos valorizados para atender de forma eficaz a população;
Conclamamos o Poder Legislativo; o Poder Judiciário; o Ministério Público; as entidades médicas e da área da saúde; os parlamentares; as universidades; a imprensa; e todos os movimentos da sociedade civil organizada a se irmanarem nesta cruzada em defesa de um sistema público de saúde de qualidade, como um dos maiores patrimônios sociais da Nação. Não podemos admitir que interesses políticos subalternos, financeiros e de mercado decidam sozinhos os rumos e o futuro de um modelo enraizado na nossa Constituição e que pertence a 190 milhões de brasileiros.

Belém (PA), 8 de março de 2013.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM)
CONSELHOS REGIONAIS DE MEDICINA (CRMs)



CFM

sexta-feira, março 01, 2013

Terminalidade X Cuidados Paliativos

EUTANÁSIA - fazer morrer através de procedimentos não considerados éticos e não aprovados pelas diretrizes na prática da medicina intensiva brasileira, mesmo que assistidos e a pedido do paciente e/ou familiares; constitui-se crime em nosso país e não entra em discussão nas UTIs;

DISTANÁSIA - prolongar o processo de morte dando continuidade a procedimentos que não estão trazendo benefícios ao paciente, assim como aplicar novos procedimentos que só aumentarão o sofrimento deste sem obtenção de melhora é considerada antiética em nosso país;

ORTOTANÁSIA - deixar morrer no tempo certo sendo respaldada pela Resolução CFM 1805/2006 e considerada legal pela justiça em decisão de 1º de dezembro de 2010. Assegura ao paciente em estado terminal e lucidez comprovada a autonomia e/ou seus familiares decidir os tipos de procedimentos aplicados ou interrompidos, permitindo ao médico e a equipe oferecer a esse paciente os cuidados paliativos plenos para que o mesmo tenha um morrer digno, sem dor ou qualquer outro tipo de sofrimento.

Flavia Fernandes


9º CONNEMI - faltam só 40 dias!!!


domingo, fevereiro 10, 2013

como prevenir problemas cardiovasculares em aviões.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, dentro dos aviões, os problemas cardiovasculares tais como infartos, paradas cardíacas, embolia pulmonar e derrames são os principais. Nos vôos longos (acima de 4 horas), para correr menos riscos durante a viagem, as dicas são: tomar bastante água, levantar da poltrona sempre que puder, fazer pequenos movimentos a cada duas horas e evitar os remédios para dormir pois, se passar mal, o passageiro poderá ao menos estar acordado para pedir ajuda. Na dúvida, procure um médico antes de fazer as malas. Boa viagem!

sexta-feira, janeiro 18, 2013

RDC-7 entra em vigor em fevereiro

As unidades de terapia intensiva de todo o país tiveram três anos para implantar as recomendações da RDC-7, publicada pela ANVISA em 25 de fevereiro de 2010. O documento foi o primeiro passo para a implantação de uma série de medidas para que as mais de duas mil e trezentas Unidades de Terapia Intensiva em nosso país sejam mais seguras e que o atendimento ao paciente crítico seja de alta qualidade, com profissionais bem preparados.

A AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira teve participação importante na elaboração do documento. “Foi o resultado de anos de luta da categoria que ainda não contava com um documento que trouxesse as mínimas regras para abertura e funcionamento das UTIs brasileiras. É uma grande conquista, uma vez que já conseguiremos melhorar, em muito, a assistência e qualidade no atendimento oferecido aos pacientes”, disse o Dr. José Mário Teles, presidente da AMIB. O presidente da AMIB ressalta, ainda, que o documento é muito importante, e a AMIB, nesses três anos, auxiliou os coordenadores de UTIs para que pudessem aplicar as medidas até o prazo limite que termina no próximo mês. “Não foi fácil, mas entendemos que seja um caminho determinante para a especialidade e, principalmente, para pacientes", disse Dr. Ederlon Rezende, presidente passado da AMIB. De acordo com o médico, o documento consolida uma luta antiga e constante da associação que é a busca de qualidade de serviços, processos e, principalmente, capacitação da equipe multidisciplinar da medicina intensiva.

Para auxiliar os profissionais coordenadores das Unidades de Terapia Intensiva, a ANVISA atendeu as solicitações de esclarecimentos quanto à aplicação do regulamento pelo setor regulador. A proposta de regulamentação, segundo a ANVISA, visa à melhoria da qualidade da assistência em medicina intensiva, com foco na segurança do paciente.

Após a plena implantação da RDC, caberá ainda à AMIB fazer gestões junto à ANVISA, no sentido de buscar outros indicadores de qualidade, além daqueles documentados na instrução normativa número 4. A AMIB afirma que a Resolução é um grande avanço para a organização das UTIs. A definição mínima de estrutura, equipamentos e pessoal busca garantir a assistência com qualidade e segurança no atendimento do paciente crítico.

Fonte: AMIB