UTI - Cuidado humanizado do paciente crítico.

segunda-feira, julho 19, 2010

SIMI




Fernando Pessoa

"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"

Brasil é o terceiro pior lugar para morrer

CLÁUDIA COLLUCCI - SÃO PAULO
HÉLIO SCHWARTSMAN - ARTICULISTA DA FOLHA

Estudo inédito que compara os cuidados com pacientes terminais em diversos países coloca o Brasil entre os piores lugares para morrer.

Entre as 40 nações analisadas, o Brasil só não é pior do que Índia e Uganda, de acordo com o trabalho, feito pela unidade de inteligência da revista "The Economist".

Cada país recebeu sua pontuação no recém-criado índice de qualidade de morte. A nota é composta por indicadores qualitativos e quantitativos, normalizados e traduzidos em números.

Dispostos em quatro categorias, os indicadores incluem desde macrodados -como expectativa de vida e porcentagem do PIB destinada à saúde- até fatores como a facilidade em se obter analgésicos e se os estudantes de medicina são treinados em cuidados paliativos.

Cuidados paliativos ou de fim de vida são as medidas tomadas quando já não é possível curar ou estender a vida do paciente. As prioridades passam a ser o controle da dor e o conforto físico e psicológico do doente e de seus familiares.

Mesmo países com bons sistemas públicos de saúde, como Dinamarca, Finlândia e Coreia do Sul, receberam pontuações baixas.

As razões para a má performance incluem desde elementos culturais, como a dificuldade de lidar com a morte, até a ausência de uma política nacional sobre o tema.

FORMAÇÃO

Para o professor de bioética da USP Reinaldo Ayer de Oliveira, os médicos não estão preparados para tratar o doente incurável. "Esses pacientes são levados até a morte com muitas dúvidas e dificuldades", diz ele.

Lacunas na formação acadêmica são apontadas como uma das razões do despreparo. A disciplina de cuidados paliativos não é obrigatória nas faculdades de medicina-a especialidade ainda nem é reconhecida pela Associação Médica Brasileira.

"Enquanto você tem o doente com perspectiva de cura, as coisas vão bem. Na hora que se inverte isso, não temos preparo. Não sabemos qual o ponto de "viragem" [quando não há mais cura] ou qual o tipo de medicamento ou de procedimento que deve ser continuado", diz Oliveira, que também coordena a área bioética no Cremesp (Conselho Regional de Medicina).

Embora o novo Código de Ética Médica determine que os médicos não devem adotar procedimentos que pareçam desnecessários no fim da vida, na prática há muito tratamento equivocado.

A avaliação é da oncologista Dalva Yukie Matsumoto, uma das diretoras da Academia Nacional de Cuidados Paliativos. "Há muitos doentes em situação de quase morte internados em UTIs, entubados."

O médico Leonardo Consolim, do grupo de cuidados paliativos do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), defende que se criem unidades especializadas para tratar paciente terminais nos moldes do Programa Saúde da Família -no qual as pessoas são acompanhadas por equipes multidisciplinares em suas casas.

Fonte: Folha.com

PE - Médicos de Camaragibe paralisam novamente as atividades

Mais dois dias de paralisação.

Por conta da intransigência do prefeito João Lemos (PC do B), os médicos da rede municipal de Camaragibe decidiram, em assembleia geral, na noite de quinta-feira(15), paralisar mais uma vez as atividades por 48 horas nos dias 21 e 22 de julho(quarta e quinta-feiras). " Infelizmente, o prefeito não precisa dos médicos, mas, o povo de Camaragibe precisa. Por isso, tenta de forma equivocada desqualificar o movimento da categoria e não quer atender às principais reivindicações do movimento de valorização do trabalho médico", enfatizou o diretor do Simepe, Fernando Cabral. A prática antisindical e antidemocrática do prefeito tem supreendido aos profissionais de saúde.

Nos dois dias serão paralisados os atendimentos nos ambulatórios, postos de saúde da família, centros médicos e maternidades. Apenas os atendimentos de emergência serão mantidos nas unidades de emergências. Além disso, serão realizadas mobilizações nos locais de trabalho e ato público em frente ao Cemec - Centro de Especialidade Médica de Camaragibe – Av. Belmiro Correia. .

A categoria denunciou que, há cinco meses buscam providências em relação às condições de trabalho, remuneração, produtividade e criação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV). A saúde do município apresenta uma série de problemas de atendimento à população. Tais como: faltam remédios, médicos insuficientes nos plantões, equipamentos sucateados, insegurança e condições adequadas para o exercício profissional. Denúncias já foram encaminhadas ao Conselho Regional de Medicina (Cremepe). Os médicos fazem nova assembleia geral na quinta-feira (22), às 19h30, no auditório do Simepe, para novas deliberações.

Fonte: FENAM

SIMERS lança campanha contra fundações na área de saúde.

O Sindicato Médico do RS (SIMERS), que representa quase 24 mil médicos do Estado, abre campanha pública contra a criação de fundações públicas de direito privado para assumir serviços públicos de saúde. O presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, aponta o modelo, que começa a ganhar adeptos entre prefeitos da Região Metropolitana e da Capital, como mecanismo de privatização do SUS.

Fonte: FENAM