UTI - Cuidado humanizado do paciente crítico.

sexta-feira, julho 10, 2009

Processo eleitoral 2009 da AMIB já começou

Candidato a Diretor Presidente pode se inscrever até o dia 21 do Julho.

O processo eleitoral 2009 da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) começou esta semana, no dia 7 de julho. Na Fase I, os candidatos a Diretor Presidente para o biênio 2010-2011 devem se inscrever e os nomes dos três mais votados, que posteriormente terão direito a montar uma chapa para disputar a Diretoria Executiva do mesmo período, serão divulgados.

Até o próximo dia 21 de julho, os interessados a concorrer à etapa devem entrar no site Eleições 2009 (http://www.eleicoesamib.org.br) e se inscrever, clicando no botão "Candidatar-se a Diretor Presidente Biênio 2010-1011". Para se candidatar, é preciso atender aos pré-requisitos, que são: no dia 1º de julho, ostentar três anos ininterruptos de associação à AMIB (2007-2008-2009), nas categorias titular ou remido; deter o Título de Especialista em Medicina Intensiva; e estar adimplentes com a AMIB e com a Associação Médica Brasileira (AMB).

quinta-feira, julho 09, 2009

Sepses ao redor do mundo - EPIC II

JL Vincent. EPIC II: sepsis around the World. Minerva Anestesiol 2008; 74:293-296.

Recentemente o Dr JL Vincent proferiu conferência sobre a Sepse ao redor do mundo, no congresso ISICEM para América LAtina, em 24 de junho passado.

O primeiro estudo foi realizado na Europa e publicado em 1995 (JAMA - EPIC I). Este estudo contava com mais de 10 mil pacientes, e demonstrava grande variação internacional em relação à bacteriologia, gravidade e mortalidade dos pacientes. A mortalidade dependia muito se a infecção era adquirida na UTI, o que aumentou muito o número de óbitos em países como Grécia e Portugal.

O estudo SOAP (2006), conduzido pelo mesmo autor, demonstrou que na Europa havia correlação entre incidência de sepse e mortalidade. A frequencia de germes era igual entre bactérias Gram positivas e negativas, enquanto cresceu a presença de infecções fúngicas (em torno de 6%).

O pesquisador ampliou a casuística para infecções em todo o mundo. Foram 76 países, 1265 UTIs e 14.414 pacientes, em estudo de corte realizado em 2 de julho de 2007. A América Latina (AL) participou com 16% da população.

No Brasil os dados são alarmantes. As UTIs brasileiras participantes eram acadêmicas (60%) e médico-cirúrgicas (66%) na sua maior parte. Metade precisou de ventilação mecânica.

A mediana de permanência no mundo inteiro foi de 9 dias, com 18% de mortalidade na UTI, e mais 6 % na hospitalização. Mas na AL a mortalidade foi maior (27% na UTI e 33% hospitalar). Pode-se pensar que nossos pacientes são mais graves, mas SAPS II e SOFA do primeiro dia foram semelhantes a outros continentes como América do Norte e países da Europa. Nossos pacientes tinham maior prevalência de pneumonia e peritonites. O isolamento de microorganismos (m.o.) foi menor na AL também (55 versus 69%). Os m.o. mais comuns foram bactérias Gram-negativas (62%). Pseudomonas e Klebisiella sp são comuns, e Acinetobacter vem logo atrás.

É interessante a correlação entre PIB e taxa de infecção dos continentes, principalmente no 3o mundo. E finalmente a Oceania tem mortalidade bem abaixo dos outros continentes (14%).

Existem várias especulações para estes resultados. Primeiramente, temos menos dinheiro e isso parece influenciar os cuidados com pacientes sépticos em todo lugar. Mas estamos piores que países emergentes como Índia e Argentina (estudo PROGRESS, Infection junho 2009). Não há como explicar este fato com escores prognósticos, pois são semelhantes. Talvez o acesso ao sistema de Saúde é que faça diferença em várias partes do Brasil; tempo é tecido/disfunção na sepse. Finalmente, vale a pena conscientizar melhor a população em relação ao que é sepse, assim como vários sabem o que é AVC (derrame cerebral) e IAM, que dependem de atendimento rápido para tratamento com sucesso.

O ILAS (Instituto Latino-Americano de Sepse) vem trabalhando arduamente para saber como estamos, e tentando implementar protocolos em UTIs e emergências no Brasil. Se conseguir consciência da população sobre procurar atendimento rapidamente e o profissional de saúde souber que antibioticoterapia precoce salva vidas, já será um grande passo.

Publicado por: Dr. André - Blog Artigos Comentados em Medicina Intensiva

segunda-feira, julho 06, 2009

Nova medicação para arritmia aprovada nos Estados Unidos

Dia 2 de Julho foi aprovado para uso comercial nos Estados Unidos nova medicação para o tratamento de arritmias cardiacas: Multaq (donedarona). Esta medicação deve substituir em muitos casos, o uso de Amiodarona, excelente antiarrítmico mas com efeitos colaterias severos (tireóide, olhos, pulmões) e frequentes. O laboratório que produz a nova medicação (Sanofi) informa, extra-oficialmente, que no ano que vem teremos o Multaq no Brasil.

TELEMEDICINA

O rápido avanço das tecnologias médicas junto com a capacidade de transmissão de dados por banda larga, tem possibilitado que o conceito da Telemedicina esteja cada vez mais perto de nós. Talvez seja o caminho para a democratização do acesso aos cuidados médicos, independendo da localização. A tecnologia permite a presença de um especialista virtual em qualquer lugar do mundo, "real-time".
Parece um pouco distante da realidade brasileira mas, a dificuldade é política e não técnica (pra variar).
O Blog de Tecnologia da Informação em medicina (http://timedicina.blogspot.com/2009/06/telemedicina.html ) publicou um post resumido mas muito claro sobre os caminhos da telemedicina.