UTI - Cuidado humanizado do paciente crítico.

sábado, março 31, 2012

Intoxicação por carambola em pacientes renais crônicos

NETO MM;NARDIN MEP; NETOOMV, et al. Intoxicação Por Carambola

(Averrhoa Carambola) Em Quatro Pacientes Renais Crônicos Pré-Dialíticos e

Revisão de literatura. J Bras Nefrologia ; 2004; 26 (4): 228-232.

 

Introdução: A neurotoxicidade induzida por carambola em pacientes urêmicos

tem sido relatada com freqüência em pacientes submetidos a tratamento dialítico.

Um número crescente de pacientes urêmicos em tratamento conservador

também tem sido descrito, com alguns evoluindo para óbito. Objetivo: Relatar

casos de pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento pré-dialítico

que ingeriram carambola, e também uma revisão da literatura pertinente. Métodos:

Relatamos 4 casos de pacientes com insuficiência renal crônica não

dialítica que ingeriram carambola. Os dados foram obtidos pelo exame clínico

desses pacientes e também de seus prontuários. Resultados: O sintoma mais

comum encontrado nos 4 pacientes foi o soluço incoercível. Outros sintomas

também foram verificados, como vômitos, agitação psicomotora, distúrbios da

consciência, convulsão tônico-clônica generalizada e agravamento da função

renal por hipovolemia. No caso 1, o quadro clínico foi mais grave, a paciente

apresentou convulsões no início e recobrou a consciência somente após ser

submetida a 80 horas de hemodiálise. Os outros 3 pacientes se recuperaram

sem intervenção dialítica. Conclusão: Pacientes com insuficiência renal crôni -

ca, mesmo pré-dialítica, devem ser alertados para não ingerir carambola. Esse

papel de advertência deve ser assumido pelos médicos, enfermeiras e nutricionistas

principalmente, além de todos os envolvidos no tratamento e seguimento

de pacientes portadores de insuficiência renal em tratamento conservador

ou dialítico.

 

Fonte: J Bras Nefrol 2004;26(4):228-232

sexta-feira, março 30, 2012

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quarta-feira, março 28, 2012

Nota de Repúdio

NOTA DE REPÚDIO A AGRESSÃO AOS DIREITOS HUMANOS EM HOSPITAL DE PORTO VELHO

A saúde pública em Rondônia vivencia período de crise por conta de sucessivos equívocos na esfera de sua gestão. Um exemplo concreto dos desmandos veio a tona com a Operação Termopilas, conduzida pelo Ministério Público Estadual, pelo Tribunal de Justiça do Estado e la Polícia Federal. A ação concluída no fim de 2011 culminou com a denúncia de envolvimento e a prisão de gestores públicos, políticos e empresários que desviavam recursos da saúde em benefício próprio.

Apesar disso e de outras várias denúncias feitas pelas entidades médicas, da sociedade civil e da imprensa, o descaso e a indiferença ainda campeiam comprometendo a vida e o bem estar dos cidadãos rondonienses. Infelizmente, o caos ultrapassou todos os limites.

Nesta quarta-feira (28), imagens chocantes veiculadas pela internet mostram o sofrimento e a tortura a qual os pacientes estão sendo submetidos no Estado. As cenas mostram um homem abandonado dentro do Hospital João Paulo II, em Porto Velho. Seu sofrimento é visível e sua agonia choca ainda mais ao percebermos que de sua boca saem larvas (tapurus), que o devoram vivo.

O Conselho Federal de Medicina e o Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero), inconformados com o quadro atual e com a indiferença do governador Confúcio Moura – lamentavelmente médico -, tomarão medidas enérgicas para que situações semelhantes não voltem a acontecer.

Este caso exemplifica o desrespeito aos direitos humanos e a Constituição brasileira, que determina que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, sendo a dignidade dos indivíduos fundamental para a vida em sociedade. Os Conselhos conclamam todos os rondonienses, todas as entidades da sociedade civil organizada, os tomadores de decisão, o Ministério Público, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário a unir forças contra a iniquidade.

O silêncio significa cumplicidade com os desmandos. Os médicos não assinarão este pacto.

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE RONDÔNIA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA