TERMOS MÉDICOS E AS NOVAS REGRAS ORTOGRÁFICAS / MEDICAL TERMS AND THE NEW RULES ON PORTUGUESE LANGUAGE SPELLING
Em 30 de setembro de 2008 entrou em vigor o Decreto 6.583/08, assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promulgando o Acordo Ortográfico estabelecido entre os países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe).
O Acordo só produziu efeitos a partir de 1º de janeiro de 2009, havendo um período de transição entre 1º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2012.
AS NOVAS REGRAS E EXEMPLOS DE TERMOS MÉDICOS:
1- Ditongos abertos ("ei, oi") não são mais acentuados em palavras paroxítonas: cefaleia, diarreia, otorreia, paranoico, paranoia.
2- O hiato "oo" não é mais acentuado: enjoo.
3- Não existe mais o trema em língua portuguesa: apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano.
4- O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por "r" ou "s", sendo que essas devem ser dobradas: antissepsia, antisséptico, antirrugas, extrassístole, ultrassonografia, suprarrenal.
5- O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal: autoanticorpo, autoinfecção, autointoxicação, contraindicação, intraocular, intrauterino, , supraocular. ATENÇÃO: Exceto quando a palavra seguinte iniciar por "h": auto-hemoterapia, anti-higiênico.
6- Utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal; ou prefixo terminado em consoante + palavra iniciada pela mesma consoante: anti-inflamatório, extra-articular, intra-articular, micro-organismo, hiper-reflexia.
7- O uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: médico-cirurgião, conta-gotas, anátomo-patológico
8- O uso do hífen permanece em palavras formadas por prefixos "circum" e "pan" + palavras iniciadas em vogal, "m" ou "n": pan-oftalmia, pan-osteíte, pan-mielopatia.
9- O uso do hífen permanece em palavras formadas com prefixos "pré", "pró" e "pós" + palavras que tem significado próprio: pré-anestésico, pré-clínico, pré-coma, pré-crítico, pré-diabetes, pré-eclâmpsia, pré-frontal, pré-ganglionar, pré-hipófise, pré-ictal, pré-medicação, pré-menstrual, pré-natal, pré-operatório, pré-pilórico, pré-senil, pós-graduação, pós-operatório, pós-parto, pós-prandial. ATENÇÃO: precórdio, precordial, precordialgia.
10- O uso do hífen permanece em palavras formadas pelas palavras "além", "aquém", "recém", "sem": recém-nascido, recém-admitido.
Alguns exemplos:
ANTI-INFLAMATÓRIO
ANTISSÉPTICO
AUTOANTICORPO
AUTOINTOXICAÇÃO
CEFALEIA
CONTRAINDICAÇÃO
DIARREIA
EXTRA-ARTICULAR
HIPER-REFLEXIA
MICRO-ORGANISMO
PARANOIA
PRÉ-ANESTÉSICO
PÓS-GRADUAÇÃO
SUPRARRENAL
3 comentários:
Parabéns pela iniciativa, tão útil em nosso dia a dia (agora sem hifem :)!
Fiquei apenas com a dúvida: meia vida e duplo cego têm hifem ou não?
Um abraço,
Ana
Pessoal, achei essas regrinhas praticas, link = http://migre.me/8JQm
Olá muito interessante o site. Tenho uma dúvida como escrever clinicopatologica e clinicopatologicamente ?
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