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sexta-feira, março 13, 2009

Prevenção do Cancer

Estudo publicado em 17 de fevereiro de 2009 pelo Instituto Nacional do Câncer (INCa) francês sobre o impacto da nutrição no desenvolvimento de tumores sintetiza os trabalhos internacionais mais recentes sobre o assunto. Segundo Dominique Maraninchi, presidente do INCa francês, "as pequenas e repetidas doses são as mais nocivas".

Na França, o consumo de álcool é a segunda causa evitável de morte por câncer: 10,8% dos falecimentos por patologias cancerígenas entre homens e 4,5% entre mulheres. Fica atrás apenas do tabaco.

As recomendações do INCa francês são:

  • Não consumir álcool. Não é possível estabelecer uma dose que não traga prejuízos à saúde.
  • Consumir, no máximo, 500 gramas de carnes vermelhas por semana para prevenir tumores de cólon e de reto. Complementar o consumo de proteínas com carnes brancas, ovos, leguminosas e peixes.
  • Consumir no máximo 5 gramas de sal por dia, já que o sal está relacionado ao câncer de estômago.
  • O ideal é a ingestão de cinco porções ou no mínimo 400 gramas diárias de frutas e legumes ricos em fibras, antioxidantes e vitamina B9 (ácido fólico).
  • O aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida beneficia tanto a mãe quanto o filho.
  • Manter um peso corporal saudável (IMC entre 18,5 a 25 kg/m²). O índice de massa corporal (IMC) é calculado pelo peso (em kilogramas) dividido pelo quadrado da altura (em metros).
  • Eliminar o sedentarismo. Praticar atividades físicas pelo menos 5 vezes na semana (intensidade moderada) ou 3 vezes na semana (forte intensidade). Um aumento de 5 pontos no IMC aumenta o risco de câncer de mama em 8% e de câncer de esôfago em 55%.
  • O betacaroteno tem propriedades antioxidantes. As necessidades nutricionais são facilmente preenchidas com uma alimentação variada e equilibrada. Já o excesso de betacaroteno aumenta significativamente o risco de câncer de pulmão nos fumantes.
Os estudiosos alertam que o câncer é uma doença multifatorial, envolvendo fatores nutricionais, genéticos e ambientais e que não há um "alimento milagroso" que proteja totalmente o indivíduo contra esta patologia.

Fontes: Institut National du Cancer e Le Monde

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