UTI - Cuidado humanizado do paciente crítico.
segunda-feira, dezembro 13, 2010
Beta-bloqueadores na sepse
Os autores fazem uma revisão em relação ao uso experimental de beta-bloqueadores na sepse. Os beta-bloqueadores diminuem a produção de citocinas pró-inflamatórias, reduzem a resistência à insulina (bloqueiam a resposta adrenérgica) melhorando o metabolismo dos carboidratos, e amenizam a disfunção cardíaca associada à sepse.
Flávio E. Nácul
quarta-feira, novembro 10, 2010
domingo, novembro 07, 2010
Curso GUTIS com certificado da AMIB
Inscrições abertas pelo telefone: 69- 99831684
Data: 26 de novembro
Horário: 9:30 min
Local: Auditório do CREMERO
Para médicos associados ou não da AMIB.
Inscrição gratuita.
sábado, novembro 06, 2010
Fórum de Enfermagem - 27/11/2010
Em mais uma atividade de qualificação profissional a AMIB realizará, em parceria com a Sociedade de Terapia Intensiva de Rondônia (SOTIRO), o Fórum de Enfermagem no estado de Rondônia, dia 27 de novembro, no auditório da Faculdade Uniron, no Porto Velho Shopping.
Com o tema: "A Busca pela Excelência na Assistência Intensiva" o Fórum abordará assuntos relevantes para a Terapia Intensiva como: Sistematização da Assistência de Enfermagem, Enfermagem Neurointensiva, Sepse: Tratamento e cuidados de Enfermagem, Hemodiálise na Terapia Intensiva, Como Nutrir o Paciente Crítico, Monitorização Hemodinâmica com Cateter de Artéria Pulmonar, Interpretando o Balão Intra-aórtico, Sedação e Analgesia Controlados por Enfermeiros.
Os enfermeiros também terão oportunidade de participar de uma mesa redonda que abordará o controle de infecções em UTI. "Sabemos que a cada dia surgem mais germes resistentes dentro das UTIs. Precisamos nos preparar para enfrentar essa situação e combatê-las. Conversaremos sobre higiene oral, prevenção para o cateter venoso central, prevenção de ITU, como prevenir PAVM", comenta Jandra Cibele Rodrigues, presidente do Departamento de Enfermagem da SOTIRO.
De acordo com Jandra Cibele, a expectativa da SOTIRO é reunir um grande número de profissionais, devido à carência de atividades de capacitação na área de Terapia Intensiva. "Recebemos muitas solicitações de eventos para enfermeiros por isso estamos organizando um Fórum que atenda essas demandas. E para garantirmos esse sucesso convidamos profissionais de renome para ministrar as palestras. As enfermeiras de São Paulo, Renata Pietro, presidente do Departamento de Enfermagem da AMIB, e Juliana Borges, gerente de projeto do Laboratório do Sono do Instituto do Coração de São Paulo, já estão confirmadas", finaliza.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelos telefones:
Jandra Cibele - (69) 8402.3605;
Arethusa - (69) 8111.9080;
Rosana - (69) 8115.8306.
FORUM DE ENFERMAGEM SOTIRO/AMIB
A BUSCA PELA EXCELÊNCIA NA ASSISTÊNCIA INTENSIVA
08:00
Inscrições e distribuição de material.
08:15
Mensagem de abertura.
08:30 - 09:00
Sistematização da Assistência de Enfermagem: Como elabora-la?
09:00 - 09:30
Enfermagem Neurointensiva: o que precisamos saber?
09:30 - 10:00
Coffee Break
10:00 - 12:00
Mesa Redonda: Controle de Infecções em UTI. Combate aos germes (cada vez mais) resistentes.
Higiene oral: quando e como.
Prevenção para o cateter venoso central
Prevenção de ITU: quando retirar a SVD?
PAVM - como prevenir?
12:00 - 13:30
Horário livre para almoço.
13:30 - 14:00
Sepse: Tratamento e cuidados de Enfermagem.
14:00 - 14:30
Hemodiálise na Terapia Intensiva: quando e Como realizar?
14:30 - 15:00
Como nutrir o paciente crítico?
15:00 - 15:30
Coffee Break
15:30 - 16:00
Monitorização Hemodinâmica com cateter de Artéria pulmonar.
16:00 - 16:30
Interpretando o Balão Intra-aórtico.
16:30 - 17:00
O despertar diário: sedação e analgesia controlados por enfermeiros.
17:00 - 18:00
Discussão, encerramento e entrega de certificados.
terça-feira, novembro 02, 2010
Uso do Bicarbonato de Sódio
Os autores fazem uma revisão sobre o tema e sugerem que o bicarbonato de sódio somente seja utilizado em pacientes com acidose lática associada ao choque quando pH estiver abaixo de 7,0. Quando administrado, o bicarbonato de sódio deve ser utilizado em infusão venosa lenta para evitar as complicações secundárias ao seu uso que incluem hipercapnia e a hipocalcemia ionizada. A redução dos níveis de cálcio ionizado podem provocar redução da contratilidade cardíaca e vascular além de redução da responsividade dos vasos às catecolaminas.
Flávio E. Nácul
Antibióticos - venda sob prescrição médica
A nova norma definiu também:
- As embalagens e bulas deverão incluir a seguinte frase: "“VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA”
- As receitas valem por 10 dias
- Todas as prescrições deverão ser registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).
ATENÇÃO! A prescrição de antibióticos em receita de controle especial em duas vias se torna OBRIGATÓRIA a partir de 28 de novembro de 2010.
quarta-feira, outubro 27, 2010
Mobilização Nacional pela Valorização da Profissão Médica
Com o objetivo de sensibilizar gestores públicos, parlamentares e a sociedade civil,a Federação Nacional dos Médicos, Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, organizaram na terça-feira (26) a Mobilização Nacional pela Valorização da Profissão Médica e a Assistência à Saúde, que levou médicos de todas as regiões do país às ruas de Brasília, para reivindicar por melhores condições de trabalho, mais financiamento para o setor Saúde e assistência de qualidade à população. A ação faz parte das comemorações do dia do médico, celebrado no dia 18 de outubro.
Reunidos em frente ao Ministério da Saúde, vestidos de branco, centenas de médicos manifestaram suas preocupações frente aos inúmeros problemas que a Saúde vem enfrentando. Depois, caminharam até o Congresso Nacional e em coro diziam: “O médico vai lutar e a Saúde vai mudar!” e “Médicos na rua, a luta continua!”
Durante o ato, um documento com as principais reivindicações do setor, foi entregue ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e às lideranças partidárias. Entre elas a imediata regulamentação da Emenda 29, que fixa os percentuais de gastos com Saúde, mais condições de trabalho e remuneração adequada.
“Este movimento representa que os médicos estão dando um recado à população brasileira e especialmente aos governos. Representa que os médicos têm muito o quê contribuir para uma política de saúde que seja consistente e que tenha poder de solução de problemas, além disso, representa uma manifestação de vontade e de coragem dos médicos,” destacou o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes.
“Hoje os médicos estão saindo às ruas para serem ouvidos de dois lados. Um deles, para convocar a sociedade para uma aliança, em defesa de uma assistência de qualidade neste país, que seja capaz de respeitar a dignidade de cada cidadão e de outro lado, estamos gritando aos gestores para que eles possam ouvir o clamor que existe dentro da nossa sociedade para a que a vida venha a ser respeitada e respeitada em abundância”, completou o vice-presidente da entidade, Eduardo Santana.
Fonte: Taciana Giesel - FENAMsegunda-feira, outubro 18, 2010
quarta-feira, outubro 06, 2010
Sindrome de Burnout
Publicado em 03.10.2010 Pesquisa mostra que 30% dos médicos estão deprimidos.
Jornada excessiva e outras dificuldades levam ao problema, comum também aos
educadores
Veronica Almeida
Exaustão antes mesmo de iniciar o dia de trabalho. Angústia, ansiedade,
desânimo, isolamento e indiferença com os colegas. Esses sintomas clássicos da
síndrome de burnout foram identificados em pelo menos um terço dos médicos do
Hospital Estadual Jaboatão Prazeres, na Zona Oeste do Grande Recife. A pesquisa,
realizada no ano passado e divulgada agora, mostrou maior frequência dos sinais
da síndrome em plantonistas da emergência. Nesse setor, o índice de prováveis
portadores foi de 26%, contra 8% dos que atuam em ambulatório. A maior parte do
grupo é formada por mulheres.
“O problema é identificado entre médicos, mas atinge também enfermeiros e outros
profissionais de saúde”, diz o cirurgião-dentista Waldemir Borba, diretor do
Hospital Jaboatão Prazeres e autor da pesquisa, feita durante pós-graduação em
gestão de saúde pública, pela Universidade de Pernambuco. Para ele, os médicos e
outros trabalhadores da área estão sendo consumidos pelo estresse da função, a
longa jornada em múltiplos empregos e a difícil relação no ambiente de trabalho.
A amostra ouvida por Borba foi composta por 40 médicos, de 27 a 61 anos de
idade. Desse total, 60% atuam na emergência e 40% nas consultas marcadas. Dos
entrevistados, 68% eram do sexo feminino. Os plantonistas referiram sobretudo
sinais típicos da chamada exaustão emocional, como o cansaço e o esgotamento, o
traço inicial do transtorno. “Decorre principalmente da sobrecarga e do conflito
pessoal nas relações interpessoais”, explica Borba. Outros sinais identificados
têm a ver com a despersonalização, que se manifesta na insensibilidade
emocional. “A pessoa geralmente discute, vive de cara amarrada, trata colegas e
o público como objeto e se isola”, explica o pesquisador. O quadro evolui para a
perda de autoestima. “Ela não se sente vital no trabalho”, acrescenta.
Embora as leis trabalhistas já contemplem o mal como síndrome do esgotamento
profissional, não é fácil assumir a condição de portador. Há insegurança na hora
de pedir ajuda, por temer a exposição e a incompreensão com o estado. No caso
dos médicos, há outro agravante. “Mesmo sofrendo física e emocionalmente, eles
não procuram ajuda e tendem a se automedicar. Existe uma subnotificação dos
casos”, diz Waldemir Borba. Ele lembra que a doença psiquiátrica tem prevalência
maior entre médicos se comparado com a população geral.
ESTRUTURA
Para o pediatra intensivista Sílvio Rodrigues, presidente do Sindicato dos
Médicos de Pernambuco, a estrutura atual dos serviços e as relações de trabalho
no setor público e privado ajudam o profissional a sofrer de burnout. “No setor
público há uma sobrecarga de trabalho e limitações para exercício da profissão.
O médico vê pacientes morrerem sem condições de oferecer o ideal para eles, nos
ambulatórios encaminha a pessoa para exame e não tem retorno. No setor privado,
a autonomia é quebrada por terceiros, como os donos dos hospitais e planos de
saúde”, enumera.
Com 42 anos de idade e 17 de profissão, grande parte no setor público, Rodrigues
confessa que já sentiu o estresse de perto. Teve tempo em que entrava de plantão
no sábado e só chegava em casa na segunda-feira. “A gente se sente exausto,
ansioso, discute frequentemente”, descreve. Com os colegas, segundo ele, há
situação pior. “Vejo gente com enxaqueca ou taquicardia na véspera de assumir o
plantão, é uma ansiedade pré-trabalho”, afirma. Conforme Rodrigues, há
trabalhador tão exausto emocionalmente que às vezes não sabe sequer onde se
encontra.
Para ele, a prevenção da síndrome passa por uma carreira que garantisse ao
médico um único emprego no setor público, com boa remuneração. “Ele poderia
trabalhar de manhã e de tarde evoluindo pacientes nas enfermarias ou dando no
máximo dois plantões de 24 horas por semana”, sugere.
domingo, setembro 26, 2010
Benchmark - Certificação de serviços
O pareamento de indicadores entre as diferentes instituições forma um painel que retrata e situa cada unidade no universo das insituições reunidas, o que chamamos "benchmark". Obviamente a comparação dos indicadores deve levar em conta uma série de elementos para a interpretação mais justa. Mas de qualquer modo, um bom resultado é sempre um bom resultado a ser mostrado.
No link a seguir exemplifico o que digo. Trata-se de um artigo de um periódico de economia Latino-americano que lança em painel diferentes instiuições. A metodologia é própria e passível de crítica, mas toda a documentação serve de antepasto para o que há de vir em termos de prestação de serviços em saúde.
http://rankings.americaeconomia.com/clinicas_2009/las_20_mejores_clinicas_y_hospitales_de_america_latina.php
Fonte: Haroldo Falcão (Apontamentos em Terapia Intensiva)
domingo, setembro 05, 2010
segunda-feira, agosto 30, 2010
A carreira do Intensivista
Projeto extingue terceirização da saúde
A proposta altera a Lei 9.637/98, que trata da qualificação de organizações sociais para a execução de serviços públicos. Essa lei abriu a possibilidade de o Poder Executivo transferir a execução de determinados serviços para organizações sociais constituídas conforme aquele instrumento legal, procedimento conhecido como terceirização.
Direito de todos
Dr. Rosinha lembra que, pela Constituição, a saúde é direito de todos e dever do Estado, sendo a atividade livre à iniciativa privada, que pode participar do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma complementar.
"Uma coisa é a contratação de serviços à iniciativa privada, devido a necessidade imperiosa; outra é transferir integralmente a responsabilidade da prestação a terceiros", questiona o autor do projeto.
Ele acrescenta que quando gerentes e contratados entram em cena, em lugar de gestores e servidores públicos, "o interesse comum passa do centro para a periferia das preocupações".
Contratos polêmicos
Para Dr. Rosinha, não é adequada a terceirização de serviços de saúde, mesmo se ocorrida em perfeita ordem. "Porém, infelizmente, sequer é este o caso, pois são numerosas as polêmicas envolvendo os contratos de terceirização, inclusive com irregularidades detectadas, como ocorreu recentemente no caso do Hospital de Santa Maria, no Distrito Federal", diz o deputado.
Além do patrimônio público, prossegue Dr. Rosinha, está em jogo a saúde da população. "Não se pode fazer experimentos de administração com a saúde pública", argumenta.
Tramitação
O projeto terá análise conclusiva das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: FENAM
terça-feira, agosto 10, 2010
Indicadores de Performance e Qualidade
Estas normativas determinam que as UTIs brasileiras devem monitorar sua performance e indicadores de qualidade de forma contínua. Quais os indicadores de performance e qualidade exigidos pela nova RDC 7 da ANVISA?
Indicadores exigidos pela RDC 7 da ANVISA:
- Taxa de mortalidade geral.
- Escores de gravidade de doença (SAPS 3*, SAPS II e APACHE II) e respectivas taxas de letalidade padronizadas.
- Reinternações (<24h).
- Tempo de permanência na Unidade de Terapia Intensiva.
- Prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde.
- Densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM).
- Densidade de incidência de infecção de trato urinário associada à catéter.
- Densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea associada à catéter.
- Sistema de classificação de necessidades de cuidados de enfermagem: índice de carga de trabalho de enfermagem necessários para o cuidado.
- Sistema de monitoração de eventos adversos, farmacovigilância e hemovigilância.
* O escore SAPS 3 é o atualmente recomendado pela AMIB para esta finalidade
Benefícios do Sistema Epimed Monitor®
* Monitoração de todos indicadores necessários para a RDC 7 (ANVISA 2010)
* Monitoração de performance e indicadores recomendados pela AMIB e pela Joint Comission
* Autonomia na gestão das suas informações
* Facilidade de uso e acessibilidade
* Segurança e confidencialidade dos dados
* Diversos relatórios que podem ser gerados pelo usuário
* Monitoramento da performance da sua UTI através de medidas ajustadas
* Benchmarking online com mais de 140 UTIs brasileiras
Saiba mais sobre o Epimed Monitor e a RDC 7 da ANVISA em:
http://www.epimedsolutions.com
Em relação aos Centros Formadores e Residência Médica em MI
Mais uma vez, de parabéns a AMIB pela forma coerente e profissional que vem adotando nas visitas para credenciamento dos novos Centros Formadores.
segunda-feira, julho 19, 2010
Fernando Pessoa
Brasil é o terceiro pior lugar para morrer
HÉLIO SCHWARTSMAN - ARTICULISTA DA FOLHA
Estudo inédito que compara os cuidados com pacientes terminais em diversos países coloca o Brasil entre os piores lugares para morrer.
Entre as 40 nações analisadas, o Brasil só não é pior do que Índia e Uganda, de acordo com o trabalho, feito pela unidade de inteligência da revista "The Economist".
Cada país recebeu sua pontuação no recém-criado índice de qualidade de morte. A nota é composta por indicadores qualitativos e quantitativos, normalizados e traduzidos em números.
Dispostos em quatro categorias, os indicadores incluem desde macrodados -como expectativa de vida e porcentagem do PIB destinada à saúde- até fatores como a facilidade em se obter analgésicos e se os estudantes de medicina são treinados em cuidados paliativos.
Cuidados paliativos ou de fim de vida são as medidas tomadas quando já não é possível curar ou estender a vida do paciente. As prioridades passam a ser o controle da dor e o conforto físico e psicológico do doente e de seus familiares.
Mesmo países com bons sistemas públicos de saúde, como Dinamarca, Finlândia e Coreia do Sul, receberam pontuações baixas.
As razões para a má performance incluem desde elementos culturais, como a dificuldade de lidar com a morte, até a ausência de uma política nacional sobre o tema.
FORMAÇÃO
Para o professor de bioética da USP Reinaldo Ayer de Oliveira, os médicos não estão preparados para tratar o doente incurável. "Esses pacientes são levados até a morte com muitas dúvidas e dificuldades", diz ele.
Lacunas na formação acadêmica são apontadas como uma das razões do despreparo. A disciplina de cuidados paliativos não é obrigatória nas faculdades de medicina-a especialidade ainda nem é reconhecida pela Associação Médica Brasileira.
"Enquanto você tem o doente com perspectiva de cura, as coisas vão bem. Na hora que se inverte isso, não temos preparo. Não sabemos qual o ponto de "viragem" [quando não há mais cura] ou qual o tipo de medicamento ou de procedimento que deve ser continuado", diz Oliveira, que também coordena a área bioética no Cremesp (Conselho Regional de Medicina).
Embora o novo Código de Ética Médica determine que os médicos não devem adotar procedimentos que pareçam desnecessários no fim da vida, na prática há muito tratamento equivocado.
A avaliação é da oncologista Dalva Yukie Matsumoto, uma das diretoras da Academia Nacional de Cuidados Paliativos. "Há muitos doentes em situação de quase morte internados em UTIs, entubados."
O médico Leonardo Consolim, do grupo de cuidados paliativos do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), defende que se criem unidades especializadas para tratar paciente terminais nos moldes do Programa Saúde da Família -no qual as pessoas são acompanhadas por equipes multidisciplinares em suas casas.
Fonte: Folha.com
PE - Médicos de Camaragibe paralisam novamente as atividades
Por conta da intransigência do prefeito João Lemos (PC do B), os médicos da rede municipal de Camaragibe decidiram, em assembleia geral, na noite de quinta-feira(15), paralisar mais uma vez as atividades por 48 horas nos dias 21 e 22 de julho(quarta e quinta-feiras). " Infelizmente, o prefeito não precisa dos médicos, mas, o povo de Camaragibe precisa. Por isso, tenta de forma equivocada desqualificar o movimento da categoria e não quer atender às principais reivindicações do movimento de valorização do trabalho médico", enfatizou o diretor do Simepe, Fernando Cabral. A prática antisindical e antidemocrática do prefeito tem supreendido aos profissionais de saúde.
Nos dois dias serão paralisados os atendimentos nos ambulatórios, postos de saúde da família, centros médicos e maternidades. Apenas os atendimentos de emergência serão mantidos nas unidades de emergências. Além disso, serão realizadas mobilizações nos locais de trabalho e ato público em frente ao Cemec - Centro de Especialidade Médica de Camaragibe – Av. Belmiro Correia. .
A categoria denunciou que, há cinco meses buscam providências em relação às condições de trabalho, remuneração, produtividade e criação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV). A saúde do município apresenta uma série de problemas de atendimento à população. Tais como: faltam remédios, médicos insuficientes nos plantões, equipamentos sucateados, insegurança e condições adequadas para o exercício profissional. Denúncias já foram encaminhadas ao Conselho Regional de Medicina (Cremepe). Os médicos fazem nova assembleia geral na quinta-feira (22), às 19h30, no auditório do Simepe, para novas deliberações.
Fonte: FENAM
SIMERS lança campanha contra fundações na área de saúde.
Fonte: FENAM
sábado, julho 17, 2010
História da Medicina
Goethe (1749-1832)
Lichtenthaler (1978) afirma que "os conhecimentos profissionais por si fazem de vós simples técnicos e funcionários de saúde. [...] é só graças à consciência histórica que amadurecem de modo a tornarem-se personagens médicas". Esta frase é o equivalente de outra bem conhecida, cunhada por Abel Salazar, de que "médico que só sabe de Medicina, nem de Medicina sabe" (CUNHA, 1987).
Alguns autores acreditam que o ensino de História da Medicina confere "refinamento" aos médicos. O estudo da História da Medicina aprimora a cultura geral do estudante, pois a mesma é parte da História Geral da Humanidade e o modo como a medicina é exercida reflete o grau de desenvolvimento científico, tecnológico e cultural de um povo.
A História da Medicina, em sua tríade conceitual, – histórica, filosófica e ética, – constitui disciplina fundamental à cultura e completa formação da mentalidade médica. Ela é indispensável para aquele que não se contenta em ser mero profissional de uma técnica e que aspira à dupla perfeição: do homem culto e do técnico intelectualmente ambicioso.
A história da Medicina se identifica com a história da Humanidade. Do empirismo dos povos primitivos até as últimas descobertas do Nobel, a evolução da Medicina reproduz a evolução do pensamento humano. "Percorrer este longo caminho é como viver uma inesperada e fascinante aventura.” (PENSO, 1990).
O ensino da História da Medicina mudou ao longo do tempo. No final do século XIX, ensinava-se História da Medicina aos alunos de graduação para fornecer um sentido de continuidade com as tradições da profissão em tempos de mudanças tão rápidas. Na segunda metade do século XIX, a História da Medicina tornou-se uma disciplina crítica, com a colaboração interdisciplinar de historiadores, filologistas, filósofos e médicos (GUSMÃO, 2006).
No início do século XX, o ensino de História da Medicina passou cada vez mais a ser visto como uma dimensão importante do desenvolvimento profissional, intelectual e humanista de estudantes de medicina. Para Gusmão (2006), a História da Medicina, sendo uma disciplina histórica, usa os métodos gerais da pesquisa histórica comum a outras disciplinas históricas, mas é uma história especial, tendo também seus métodos próprios e seus problemas. Ela estuda a saúde e a doença através dos tempos, as condições para a saúde e a doença e a história das atividades humanas que têm por objetivo promover a saúde, prevenir as doenças e curar o doente.
Mas há uma outra e muito mais fundamental benefício que pode resultar do ensino da História da Medicina na graduação. Esta é uma época em que os educadores médicos estão preocupados com aumento da necessidade de preparar estudantes de medicina para a sua profissão por uma maior ênfase na sua formação humanística.
História da Medicina é também Medicina, é uma forma de abordagem para compreender melhor a própria Medicina.
LEDERER, S. E; MORE, E. S.; HOWELL, J. D. Medical history in the undergraduate medical curriculum. Academic Medicine. 70 (9), 1995.
LICHTENTHALER, C. Histoire de la médecine. PAris: Fayard, 1978.
PENSO, G. Parassiti, microbi e contagi nella storia dell'umanità. Roma: Ciba-Geigy, 1990.
Fonte da ilustração desta postagem: abertura do weblog lusitano http://bloghmed.blogspot.com/
sexta-feira, julho 16, 2010
XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM)
Cerca de 500 representantes dos médicos de todo o Brasil participarão entre os dias 28 e 30 de julho do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem), em Brasília. A reunião será um momento importante de avaliação das políticas públicas de saúde e também do contexto no qual se insere hoje a prática da Medicina. Nos grupos de trabalho e nas plenárias previstas, acontecerão debates e serão aprovadas propostas que contribuirão para o aperfeiçoamento da assistência à saúde, bem como a própria valorização do profissional.
Para as organizadoras do evento – Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) - trata-se de uma oportunidade ímpar para quem pensa no futuro da saúde brasileira. “AMB, CFM e Fenam, instituições que representam os médicos brasileiros, terão oportunidade, por meio de amplo debate, de promover uma revisão de suas ações recentes, além de programar uma agenda comum que certamente trará mais visibilidade ao movimento médico nacional que defende melhorias no sistema de saúde oferecido à população e dignas condições de trabalho ao médico”, ressalta o presidente da Associação Médica Brasileira, José Luiz Gomes do Amaral.
Os resultados do XII Enem comporão documento que será encaminhado aos médicos, à sociedade, às autoridades e aos candidatos nas próximas eleições aos cargos majoritários (presidente, governador e senador) e proporcionais (deputados federal e estadual ou distrital). O Encontro acontece dentro de um momento político especial – o período pré-eleitoral – que o torna espaço privilegiado para discussão dos rumos a serem adotados pelo país no campo da Saúde (pública e privada). Os três presidenciáveis que encabeçam as pesquisas – Dilma Roussef, José Serra e Marina Silva – foram, inclusive, convidados a visitar o local das reuniões, na sede da Associação Médica de Brasília (AMBr), para apresentar suas plataformas para o setor e receber pessoalmente os pleitos dos profissionais.
Para o presidente do CFM, Roberto Luiz d`Avila, o XII Enem abrirá a oportunidade para que os médicos – representados por suas entidades – atuem de forma articulada e em sintonia para sensibilizar os tomadores de decisão sobre as mudanças que devem ser implementadas na área da saúde. “Os médicos têm o dever de se fazer ouvir também na cena política, especialmente quando o assunto é assistência. E os gestores precisam ouvir e acolher as recomendações, as sugestões, de quem é responsável pelo acolhimento dos pacientes e suas famílias em consultórios e hospitais. Estabelecer metas e definir políticas, ignorando essas contribuições pode ser desastroso para toda a sociedade”, alerta.
O XII Enem configura um fórum de alta representatividade do segmento médico no Brasil. Além de convidados e observadores, o plenário será formado por 400 delegados escolhidos pelos estados, distribuídos de forma paritária entre conselhos regionais de Medicina, associações e sociedades de especialistas e sindicatos médicos, além de representantes dos médicos residentes. Serão eles, os porta-vozes privilegiados da categoria no grande debate a ser realizado.
Três eixos temáticos orientarão a agenda de debates durante o XII Enem: formação médica; mercado de trabalho e remuneração; e SUS, políticas de saúde e relação com a sociedade. Em cada dia do Encontro, um desses tópicos será abordado por meio de conferências, mesas-redondas, trabalhos em grupo e debates (abaixo, confira a programação na íntegra). Durante o fórum de Brasília, os participantes poderão avaliar propostas levantadas durante os três encontros regionais (Pré-Enems) e alguns estaduais, que traduzem as expectativas e visões dos médicos que trabalham no atendimento à população.
O XII Enem foi precedido de etapas preparatórias que buscaram qualificar o debate e sistematizar as prioridades a serem levadas ao encontro nacional. Os Pré-Enems estaduais foram opcionais e muitos estados – como Bahia, Pará, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul – os realizaram. Os Pré-Enems regionais, por sua vez, foram divididos nos blocos Nordeste (29 de abril e 1º de maio), Sul/Sudeste (14 e 15 de maio) e Norte/Centro-Oeste (4 e 5 de junho).
O presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, destaca o Enem como uma grande oportunidade para ampliar as discussões e apresentar propostas para questões como formação do médico, fiscalização rigorosa das faculdades de medicina e fechamento das escolas médicas que não têm condições de funcionar, a defesa intransigente dos programas de residência médica, com eficiência e competência, a convalidação de diplomas de médicos formados em outros países e que precisam ser bem definidos, entre outros temas. Cid Carvalhaes cita ainda a realização do Enem como convergência do fortalecimento das entidades médicas nacionais - Fenem, CFM e AMB. “Todos esses e outros temas e propostas devem ser elencados em ordem de prioridade e quem vai fazer isso de fato é o Enem, evento no qual se pretende, com a Carta de Brasília (documento oficial do encontro), definir as prioridades e nortear as ações dos próximos três anos da política médica como um todo e a política de saúde para o país, do ponto de vista médico, dentro do enfoque das três entidades”, ressaltou Cid Carvalhaes.
PROGRAMAÇÃO
DIA 28 DE JULHO – QUARTA-FEIRA
8h30 – Credenciamento
9h às 10h30 – MESA 1: FORMAÇÃO MÉDICA
Escolas Médicas (sistema de avaliação, hospitais de ensino, abertura indiscriminada, necessidade social, currículo, exame de habilitação)
Residência Médica (médico generalista X médico especialista, ampliação de vagas, CNRM, “residência” multiprofissional)
Revalidação de diplomas (prova de habilitação, papel do MEC e das universidades públicas)
10h30 às 12h – Debates
12h às 13h – Almoço
13h às 15h – 10 Grupos de Trabalho sobre Formação Médica
15h às 15h30 – Intervalo
15h30 às 16h – Reunião das delegações das Entidades
16h às 18h - Plenária sobre Formação Médica
19h – Solenidade de Abertura
DIA 29 DE JULHO – QUINTA-FEIRA
9h às 10h30 – MESA 2: MERCADO DE TRABALHO E REMUNERAÇÃO
PCCV/Carreira de Estado/Carreira Pública (proposta PCCV-FENAM; PEC 454/09, sobre carreira de Estado; propostas do MS, salário mínimo profissional, serviço civil obrigatório)
Trabalho médico no SUS (precarização, terceirizações, contratualizações tabela SUS, código)
Trabalho médico na Saúde Suplementar (Papel da ANS, TISS, CBHPM; honorários; PLS 276/04, sobre contratualização obrigatória e reajuste anual)
10h30 às 12h – Debates
12h às 13h – Almoço
13h às 15h – Grupos de Trabalho sobre Mercado de Trabalho e Remuneração
15h às 15h30 – Intervalo
15h30 às 16h – Reunião das delegações das Entidades
16h às 18h - Plenária sobre Mercado de Trabalho e Remuneração
DIA 30 DE JULHO – SEXTA-FEIRA
9h às 10h30 – MESA 3: “SUS, POLÍTICAS DE SAÚDE E RELAÇÃO COM A SOCIEDADE”
Financiamento do SUS (regulamentação da emenda 29, subfinanciamento da saúde, relação entre o público e o privado)
Gestão do SUS (administração direta, cooperativas, fundações, OSCIP´s e OS´s)
A relação dos médicos com a sociedade (relação com a mídia, relação com o Judiciário, participação dos médicos no controle social)
10h30 às 11h30 – Debates
11h30 às 13h30 – Grupos de Trabalho sobre SUS e Políticas de Saúde
13h30 às 14h30 – Almoço
14h30 às 15h – Reunião das delegações das Entidades
15 às 16h30 – Plenária sobre SUS e Políticas de Saúde
Coordenador: Aloísio Tibiriçá Miranda – CFM
16h30 às 17h30 - MESA DE ENCERRAMENTO
Balanço do Encontro e aprovação da “Carta de Brasília”
Presidentes das Entidades Médicas Nacionais
14/07/10
Humaniza SUS - Cartilha sobre a Política Nacional de Humanização do SUS
A Humanização vista não como programa, mas como política que
atravessa as diferentes ações e instâncias gestoras do SUS, implica:
- Traduzir os princípios do SUS em modos de operar dos diferentes
equipamentos e sujeitos da rede de saúde;
- Construir trocas solidárias e comprometidas com a dupla tarefa de
produção de saúde e produção de sujeitos;
- Oferecer um eixo articulador das práticas em saúde, destacando o
aspecto subjetivo nelas presente;
- Contagiar por atitudes e ações humanizadoras a rede do SUS,
incluindo gestores, trabalhadores da saúde e usuários.
Assim, entendemos Humanização como:
- Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de
produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores;
- Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos;
- Aumento do grau de co-responsabilidade na produção de saúde e de
sujeitos;
- Estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no
processo de gestão;
- Identificação das necessidades sociais de saúde;
- Mudança nos modelos de atenção e gestão dos processos de trabalho
tendo como foco as necessidades dos cidadãos e a produção de saúde;
- Compromisso com a ambiência, melhoria das condições de trabalho e
de atendimento.
Para isso, a Humanização do SUS se operacionaliza com:
- A troca e a construção de saberes;
- O trabalho em rede com equipes multiprofissionais;
- A identificação das necessidades, desejos e interesses dos diferentes
sujeitos do campo da saúde;
- O pacto entre os diferentes níveis de gestão do SUS (federal,
estadual e municipal), entre as diferentes instâncias de efetivação
das políticas públicas de saúde (instâncias da gestão e da atenção),
assim como entre gestores, trabalhadores e usuários desta rede;
- O resgate dos fundamentos básicos que norteiam as práticas de saúde no
SUS, reconhecendo os gestores, trabalhadores e usuários como sujeitos
ativos e protagonistas das ações de saúde;
- Construção de redes solidárias e interativas, participativas e
protagonistas do SUS
Clique e Leia a Cartilha na íntegra
terça-feira, julho 13, 2010
quarta-feira, junho 30, 2010
Lista de Aprovados - Titulados em Medicina Intensiva
Veja a lista completa.
terça-feira, junho 15, 2010
São Paulo terá hospital público de transplantes.
15/06/2010
Hospital terá capacidade para realizar 630 transplantes ao ano
A Capital paulista abrigará, a partir do dia 15 de junho, o primeiro hospital público especializado em transplantes do País. O Hospital de transplante Dr. Euryclides de Jesus Zerbini terá capacidade para realizar até 630 cirurgias por ano.
Com uma equipe de 80 médicos o objetivo do hospital é tornar-se referência em transplantes de rim, fígado, pâncreas, medula óssea e córnea. A unidade não realizará procedimentos de transplante entre pacientes vivos.
O antigo hospital Brigadeiro, localizado na avenida Brigadeiro Luis Antônio na capital paulista, que agora passa a se chamar Dr. Euryclides de Jesus Zerbini, passou por dois anos de reformas e adequação de suas instalações. Durante o período em que foi administrado pelo governo federal o centro médico recebeu oito salas especiais para transplantes, totalmente equipadas.
domingo, junho 06, 2010
O perfil do Médico a ser formado no novo projeto de gradução em Medicina
As orientações atuais em relação ao ensino de Medicina preconizam que é preciso formar um médico comprometido com a promoção da saúde e a prevenção de doenças, além dotá-lo de uma visão ética e atenta às necessidades da comunidade na qual atua. As atuais Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Medicina enfatizam que o egresso deve ter formação generalista. Entende-se, portanto, que a formação médica que serve agora não pode se limitar à informação teórica e ao treinamento clínico e não pode privilegiar a especialização precoce. Por outro lado, a explosão de informações na área médica deve priorizar o processo de "aprender a aprender", com o ensino das técnicas de busca destas informações, assim como da adequada formação para analisá-las criticamente. Formar o médico na atualidade é preparar o estudante para exercer uma atividade complexa e fundamental para a sociedade.
Na área de formação médica, têm surgido muitos questionamentos sobre o perfil do profissional que a sociedade requer, principalmente diante da preocupação com a especialização precoce e ao ensino marcado, ao longo dos anos, por parâmetros curriculares baseados no Relatório Flexner, que se baseou no raciocínio mecanicista da doença, na especialização médica, no diagnóstico técnico-laboratorial, na linguagem objetiva da anátomopatologia (MITRE et al., 2008).
A ênfase na sólida formação em ciências básicas nos primeiros anos de curso, a organização minuciosa da assistência médica em cada especialidade, a valorização do ensino centrado no ambiente hospitalar enfocando a atenção curativa, produziram um ensino dissociado das reais necessidades do sistema de saúde vigente (Ibid).
Conforme as orientações mais atuais da Organização Mundial da Saúde, o médico a ser formado deve ser comprometido com a promoção de saúde e a prevenção dos agravos, além de ser dotado de uma visão humanista e ética e estar atento às necessidades das comunidades na qual atua. Praticamente todas as propostas de reforma curricular em Medicina incluem uma ampliação da formação dos futuros médicos nos aspectos éticos e humanísticos da profissão.
O entendimento anterior de que um médico deve ser preparado para dominar conceitos teóricos e técnicas eficazes para curar doenças e afastar a dor já não serve. Se definirmos a profissão médica como essa capacidade, a formação se esgota na aprendizagem de teorias e no domínio de técnicas de diagnóstico e de intervenção clínica e/ou cirúrgica (PESSOTTI, 1996). Essa definição do perfil do médico baseada nos princípios tecnocientíficos é considerada muito simplista.
Nessa visão, o ensino médico se deteve ao estudo dos aspectos biológicos do ser humano, que de certa forma resultou na formação de "profissionais carentes de mentes questionadoras, sem o desejo e a curiosidade de compreender os fenômenos com os quais se defrontam, incapazes de refletir sobre suas práticas e adequá-las às necessidades de suas comunidades"(MAMEDE, 2001).
As Diretrizes Curriculares do curso de graduação em Medicina enfatizam, no artigo 3º, que o egresso do curso de Medicina deve ter "formação generalista, humanística, crítica e reflexiva, capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano".
Ao propor a formação de médicos competentes, éticos, comprometidos com as necessidades de saúde da população, as novas diretrizes curriculares, instigam uma interação ativa entre estudantes, professores, profissionais de saúde e usuários. Assim, novas adequações têm sido propostas com o intuito de se chegar a esse objetivo (NOGUEIRA, 2009).
Segundo Kira e Martins (1996), algumas estratégias têm sido implementadas em muitas escolas médicas no Brasil, como o treinamento em ambulatório e não apenas em enfermarias e serviços de emergência, a busca da interação com uma equipe multiprofissional e não apenas com médicos, a incorporação dos conhecimentos de epidemiologia à prática clínica, assim como o reconhecimento da importância dos aspectos psicológicos, sociais e culturais nas doenças e nos doentes.
Portanto, entende-se atualmente que a formação médica que serve, agora, não pode se limitar à boa informação teórica e ao treinamento clínico. Agora, formar o médico é preparar alguém para exercer uma atividade complexa, fundamental para a vida e para as realizações da sociedade (PESSOTTI, 1996).
Por outro lado, a explosão de informações na área médica deve levar a uma forma de ensinar que priorize o "aprender a aprender", com o ensino das técnicas informatizadas para a busca destas informações, assim como formação para analisá-las, de forma a responder perguntas clínicas específicas, se impõe no ensino médico atual. A Medicina Baseada em Evidências é, pois, um paradigma a ser progressivamente empregado para permitir um trabalho ordenado e crítico da enorme quantidade de novas informações médicas que se acumulam mês a mês.
O novo currículo do curso de Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está atualmente no sétimo semestre e insere os estudantes na comunidade desde o primeiro período do curso. A criação de novas disciplinas para os primeiros anos da graduação, com enfoque na promoção e educação em saúde, propicia a inserção do estudante precocemente em atividades práticas relevantes para a sua futura vida profissional, permitindo-lhe conhecer e vivenciar situações variadas de vida e incentivando sua interação ativa com usuários e profissionais de saúde desde o início de sua formação.
Com a recente implantação do novo Projeto Pedagógico do Curso de Medicina (PPC) na UFPB, ao contrário de aulas estruturadas por disciplinas, passou a existir um currículo baseado em módulos de conhecimento. Entre as alterações mais significativas figura a inserção precoce dos alunos na rede básica de saúde, o que busca propiciar a compreensão precoce das circunstâncias ambientais, sócio-culturais e econômicas das quais emergem as condições de saúde e seus agravos. Esta inovação tem o objetivo de se conseguir que os alunos tenham uma visão holística, valorizando as ações de promoção e prevenção, tanto quanto as de recuperação e de reabilitação. Esse objetivo é um dos principais desafios da reforma da educação médica.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução n.4, CNE/CES de 7/11/2001. Diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em medicina. Diário Oficial da União. Brasília, 9 nov. 2001; Seção 1, p. 38. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pedf/CES04.pdf Acesso: 02 jun 2010.
MITRE, S. M. et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciênc. saúde coletiva 13 (suppl. 2): 2133-2144, 2008.
KIRA, C. M; MARTINS, M. A. O ensino e o aprendizado das habilidades clínicas e competências médicas. Medicina Ribeirão Preto, 29: 407-413, 1996.
PESSOTTI I. A formação humanística do medico. Medicina Ribeirão Preto 29: 440-448, 1996.
sexta-feira, junho 04, 2010
Prova Especial - Lista dos habilitados
Confira em: http://www.amib.org.br/pdf/HABILITADOSPROVAESPECIAL.pdf
Carreira de Estado para os médicos
A carreira de Estado para os médicos, luta antiga da FENAM, será discutida no I Fórum sobre Carreira de Estado para Médicos, que será realizado na próxima terça-feira, dia 8 de junho. Organizado pela Comissão Pró-SUS, composta por membros das três entidades médicas nacionais (FENAM, CFM e AMB) o Fórum tem como objetivo extrair sugestões que ajudarão a delinear de forma mais clara aspectos importantes para a proposta.
Uma das esperanças da categoria é a aprovação da PEC 454/2009, de autoria dos deputados Ronaldo Caiado (DEM/GO) e Eleuses Paiva (DEM/SP), que visa estabelecer diretrizes para a organização da carreira de médico de Estado. A PEC prevê a equiparação dos salários dos médicos aos subsídios de juízes e promotores. Para o presidente da FENAM, Paulo de Argollo Mendes, a proposição é a única maneira de solucionar a carência de médicos nas cidades interioranas e de difícil acesso.
“O projeto que estabelece a carreira de estado para médicos é um dos mais importantes para a nossa categoria. Temos mostrado, tanto ao governo e aos parlamentares quanto à população, que a única maneira de termos médicos nas pequenas localidades é com a carreira de estado e ela tem de vir acompanhada de um Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV)”. Paulo Argollo, presidente da FENAM.
Nomes importantes do Judiciário, do Ministério Público, da Câmara e do Senado já confirmaram presença no I Fórum sobre Carreira de Estado para Médicos.
SERVIÇO:
Fórum das Entidades Médicas sobre Carreira de Estado
Data: 08 de junho de 2010
Horário: A partir das 8h30
Local: Auditório do Conselho Federal de Medicina – Brasília-DF
Promoção: Comissão Pró-Sus – CFM/AMB/FENAM
quinta-feira, junho 03, 2010
Delta gap
Delta gap = (Anion gap - 12) - (24 - bicarbonato). O delta gap é a diferença entre o aumento do anion gap a partir de 12 mEq/L e redução do bicarbonato a partir de 24 mEq/L.
Se a acidose metabólica com anion gap aumentado for a única alteração ácido-base, a correlação entre o aumento do anion gap e redução do bicarbonato deve ser de aproximadamente zero.
Delta gap > 6 (redução do bicarbonato é menor que a esperada) = alcalose metabólica concomitante à acidose metabólica com anion gap aumentado
Delta gap < 6 (redução do bicarbonato é superior a esperada) = acidose metabólica com anion gap normal associada à acidose metabólica com anion gap aumentado
Exemplo: Mulher jovem com diarréia, vômitos, hipotensão arterial e acidose metabólica. Sódio 144 mEq/L; Potássio 4,2 mEq/L, Cloro 95 meq/L; Bicarbonato 14 mEq/L. Anion gap = Na - (Cl + Bicarbonato) = 35 (normal: 8-16 mEq/L). Delta Gap = (35 - 12) - (24 - 12 ) = 10 mEq/L. A presença de um delta gap superior a 6 mEq/L sugere a presença de uma alcalose metabólica concomitante à acidose metabólica.
Flávio E. Nácul - Artigos Comentados
segunda-feira, maio 31, 2010
Telemedicina afasta usuários do hospital na Europa.
Enviado por: Renato M.E. Sabbatini, PhD via SBIS NEWS
Fonte: Leandra (Alum) - Tecnologia da Informação e Medicina
sexta-feira, maio 28, 2010
Prova de Título - Especial
A Prova de Título de Especialista Categoria Especial já tem local definido. Os quase 270 inscritos se reunirão nos próximos dias 26 e 27 de junho, no Hotel Pestana, na Rua Tutóia, 77, em São Paulo. No primeiro dia acontecerá a fase teórica, das 9 às 13 horas. Os candidatos devem chegar com uma hora de antecedência. No dia 27 será o dia da fase oral que começará às 8 horas, com término previsto para às 18 horas.
A prova teórica será composta por 50 questões de múltipla escolha que foram elaboradas considerando o universo de procedimentos aplicados nas Unidades de Terapia Intensiva.
Para complementar as etapas citadas haverá também a análise curricular do candidato. "Os requisitos do currículo e a pontuação atribuída devem seguir rigorosamente o sistema de pontuação estabelecido pela Comissão Nacional de Acreditação.", reforça o Dr. Ciro Mendes, presidente da Comissão de Título de Especialista da AMIB.
Para aprovação, o candidato deverá atingir a nota mínima de 6, resultado da soma das duas avaliações (prova teórica e prova oral/análise curricular). A prova teórica corresponderá a 70% da nota e os 30% restantes serão divididos entra a prova oral e a análise curricular.
Para auxiliar no preparo dos candidatos, a Comissão de Título de Especialista definiu uma bibliografia que engloba todos os principais assuntos de Medicina Intensiva. Confira: Knobel E: Condutas no Paciente Grave, 3ª Edição, São Paulo, Editora Atheneu, 2006; Irwing and Rippe´s, Intensive Care Medicine, 6th Edition, Lippincot Williams & Wilkins, 2008; e Parrillo Joseph E, Dellinger Phillip R. Critical Care Medicine. Principles of Diagnosis and Management in the Adult, 3rd edition, Mosby, 2008.
Para mais informações e inscrições, acesso o site da AMIB, na área Prova de Título. www.amib.org.br
segunda-feira, maio 24, 2010
sábado, maio 22, 2010
sábado, maio 15, 2010
Revisão - Receptores Toll-like e PAMPs
Fonte: Flávio E. Nácul - Artigos Comentados
Cálculo do Anion Gap
Fonte: Flávio E. Nácul - Artigos Comentados
quinta-feira, maio 13, 2010
segunda-feira, abril 12, 2010
Novo Código de Ética Médica - 13/04/2010
- por HERMANO FREITAS,
Medicina: novo código proíbe prescrição de remédios à distância